O que fazer em Lisboa?
Eu confesso que minha primeira visita a Lisboa não me encheu os olhos.
Alfama
Não foi uma paixão à primeira vista.
Eu precisei voltar e literalmente me perder pela cidade, para aí sim me apaixonar por ela.
Banda Desenhada, em Alfama
Dizem que o verdadeiro amor se constrói aos poucos e, portanto, cá estou.
Ascensor da Glória
Jardim do Torel
Hoje posso dizer que muitos cantos de Lisboa me encantam, e é uma das cidades mais coloridas e iluminadas que eu conheço.
Praça do Comércio
O que conhecer em Lisboa?
Minha primeira dica por aqui é: escolha um ponto qualquer na zona da Baixa, no Chiado, no Bairro Alto, ou Alfama, e siga sem destino. Apenas contemple as ruelas, os becos e de preferência, perca-se pelo caminho.
É desse jeito que a gente descobre o que Lisboa tem de melhor e como ela de fato é.
Alfama é o bairro mais antigo da cidade. Nasceu com os mouros no século oitavo, por volta de 711, e é o local que mais nos remete à Lisboa anterior ao terremoto de 1755.
Dos mouros veio o nome de outro bairro tradicional: a Mouraria. Os mouros eram muçulmanos de origem africana que invadiram a península Ibérica.
Com a reconquista cristã de Lisboa, os muçulmanos foram levados para o bairro que hoje conhecemos por Mouraria, e que abriga moradores de vários países: Moçambicanos, Angolanos, Brasileiros, Indianos, Paquistaneses, Chineses...uma diversidade que torna a cidade ainda mais interessante.
Ganhamos com a troca de cultura e, principalmente na oferta de restaurantes onde podemos provar de tudo um pouco.
O principal marco da retomada cristã de Lisboa, em 1147 é a Igreja da Sé. A data da primeira construção é de 1150. Vale a visita.
Sé de Lisboa
Pertinho da Sé, pra quem é devoto, está a Igreja museu de Santo Antônio, construída onde antes era a casa dele.
No interior do prédio é possível ter acesso à cripta onde Santo Antônio teria nascido.
Seguindo em direção à Alfama, você pode visitar o miradouro das Portas do Sol e o de Santa Luzia. Um ao lado do outro.
Se gostar de caminhar, beba um café, uma água, e siga até o Castelo de São Jorge e ao bairro da Graça, onde destaco o miradouro de Nossa Senhora do Monte, o mais alto da cidade.
Miradouro Nossa Senhora do Monte
Entre no convento da Graça. O acesso é gratuito e os azulejos no interior valem ser apreciados.
Outro passeio imperdível é perambular pelo Chiado e pelo Bairro Alto até o Príncipe Real.
Visite o Museu do Carmo. O prédio em ruínas é impactante e costuma ter projeções lindas.
Foi no largo do Carmo que se comemorou o fim da ditadura do Estado Novo em Portugal após 41 anos, a chamada Revolução dos Cravos, em abril de 1974.
No bairro Alto escolha um Wine Bar e espere a noite movimentar por ali.
É onde portugueses e turistas costumam fazer o “esquenta” antes de descer para o Cais do Sodré, onde há vários bares pra beber uma Imperial (nosso chope), boates, sambinhas e conversa em pé na rua.
O Príncipe Real é um dos bairros mais chiques de Lisboa e onde há inúmeros restaurantes, bistrôs e lugares especiais.
Entre no Pavilhão Chinês, que é um bar com cara de antiquário, todo decorado e com mesas de sinuca.
Um espaço peculiar que a gente não esquece.
Pavilhão Chinês
E não deixe de apreciar o miradouro de São Pedro de Alcântara. Super cool, com música e bela vista.
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